terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aqui no Brasil as coisas são assim mesmo...será?


Hoje, durante uma aula, um de meus melhores alunos, profissional do mercado, gerente de departamento em uma multinacional, comentou que, infelizmente, no Brasil, só progride quem é corrupto... Será?
Você já pensou que, a cada vez que diz alguma coisa nesta linha, você está se chamando de fracassado (se honesto), ou desonesto (se bem sucedido)? Afinal, todos nós somos sim, brasileiros, e fazemos parte deste país queiramos ou não. Você é brasileiro!
O país em que vivemos, decerto, tem muitos problemas e a corrupção não é o menor deles; enfrentamos problemas relacionados a ela todos os dias, e sempre temos um fofoqueiro de plantão, ou profeta do apocalipse honorário, para nos contar um caso em que alguém que não presta se deu bem, ou alguém que presta não o fez. Estranhamente o contrário nunca acontece.
Não falamos sobre os progressos em pesquisa científica, combate a AIDS, desenvolvimento em algum lugar distante do país, multinacionais brasileiras fazendo bonito, gente honesta fazendo o bem, professores que se esforçam para educar, e tantas outras coisas boas que acontecem aqui, todos os dias.
Além de nada falarmos, pior, nada fazemos. Diante de impossibilidade de implantar projetos mirabolantes e grandiosos, nos rendemos, e não nos posicionamos como líderes para sermos geradores de mudança, a começar do prédio ou condomínio onde moramos ou trabalhamos, ao não aceitarmos pequenas propinas, recusar os jeitinhos, não usarmos indevidamente a vaga de idosos e deficientes no shopping.
Poucos relacionam isto as grandes negociatas, mas toda vez em que você não se posiciona e age de forma objetiva, dentro de seu alcance, com receio de se indispor, ou ter mais “trabalho”, está alimentando este sistema perverso.
Portanto, da próxima vez, ou melhor, na próxima oportunidade de fazer ou exigir as coisas feitad de forma honesta, lembre-se: Você é brasileiro, quer queira ou não, mas mudar o país é uma opção pessoal sua sim, a começar dos pequenos gestos.
Pode não ser fácil, mas é uma grande oportunidade de deixar um país melhor para quem vem atrás, incluindo seus filhos. Já será um bom começo.

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