sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ética e percepção


Existem situações na vida que nos fazem acreditar que é sempre possível sermos melhores do que somos!
Temos aqui um bom exemplo:
Durante um jogo de futebol, na Holanda, um jogador da equipe de vermelho -o Ajax - sofreu uma falta e ficou
contundido, caído no chão.
Um dos jogadores da equipe adversária - de amarelo - como é hábito, atirou a bola para fora para que o jogador fosse atendido.
Quando o jogador ficou recuperado, o lançamento pertenceu ao Ajax (de vermelho) e, como manda o desportivismo, um jogador do Ajax tentou devolver a bola para o campo do adversário. Infelizmente o fez de forma desajeitada e, sem querer, acabou por meter a bola no gol.
Todos, incluíndo o jogador que, sem querer, fez o gol, ficaram atrapalhados. Mas o árbitro corretamente considerou o gol válido!
A bola voltou ao centro para o jogo ser retomado com aquele injusto resultado.
Foi nesse momento que os jogadores do Ajax, com grande espírito desportivo, rapidamente tomaram uma resolução: ficarem todos quietos para permitir que os adversários - os de amarelo - fizessem eles também um gol para repor a justiça no resultado.E foi isso que aconteceu!!!
É impressionante o sentido de justiça da equipe do Ajax - de vermelho - e o bom entendimento entre todos eles para que nenhum se movimentasse. Eles queriam ganhar, mas a vitória teria que ser "limpa" e "justa"! Veja o vídeo aqui

O simples uso da percepção foi o suficiente para que o time percebesse que uma injustiça havia sido cometida e estava ao alcance deles corrigi-la.
Durante minha vida profissional percebi que é muito fácil amortecermos esta percepção quando nossos interesses são confrontados com nosso senso de justiça. É nosso dever como profissionais, chefes, empregado, pais, filhos ou simplesmente seres humanos, estarmos atentos para não cairmos nesta armadilha.
Na vida profissional em especial, a referência mais perfeita que de como usar nossa percepção a favor da ética, vi em um manual de integração de funcionários de uma grande empresa, que "dizia":  "Para ajudá-lo a tomar a decisão correta, lembre-se; se algo parece errado, provavelmente é". Lembre-se disto ao se deparar com uma situação eticamente questionável.